Crianças judias refugiadas na França

1. O Embaixador do Brasil em Londres vem sendo procurado pelo presidente do Cômite Inter-Governamental dos Refugiados e pela Cruz Vermelha Britânica que desejam saber "se o Brasil estaria disposto a receber uma parte das crianças judias refugiadas na França e agora ameaçadas de deportação pelas autoridades alemãs de ocupação. [p. 1]

2. Oswaldo Aranha diz que a Grã-Bretanha e os EUA têm se esforçado, mas "as referidas crianças continuam sendo vítimas de toda a sorte de privações e atrocidades e se encontram na iminência de serem transportadas, como animais, para os campos de trabalhos forçados na Alemanha e Polônia, onde sucumbirão, como já há casos provados, por escassez de alimentos e excesso de trabalho". [p. 2]

3. Os governos britânicos e norte-americanos têm tentado que as crianças deixem os campos em que se acham concentradas na França, no maior número possível, com destino aos EUA e a outros países que se mostrem favoráveis a protegê-las.[p. 1]

4. A Argentina, Austrália, Canadá, Chile, Palestina, África do Sul, Inglaterra e EUA já aceitaram a vinda de um determinado número de crianças.

5. Assim, é feito "um apelo a generosidade brasileira" e a tradicional "compreensão pelos dramas criados pelas guerras o que atingem fatalmente a muitos inocentes" [p. 2]