Entrada Clandestina de Estrangeiros em Território Nacional.

João Peró Filho informa sobre as atividades de Italo Giachetti, proprietário do Hotel Buenos Aires e empresário do cinema local como encarregado do trafego de comunistas e de pessoas sem documentação para Uruguayana. Afirma ter informado às autoridades e estas tomaram sérias providencias.

Relata que "os estrangeiros, uma vez em Uruguayana, facilmente burlam as autoridades e infiltram-se no nosso território. Em Uruguayana, somente na estação ferroviária da cidade, é que exigem salvo-conduto, para a venda de passagens. Porém eles se dirigem para estações mais próximas, onde lhes vendem passagens sem exigência da apresentação de nenhuma documentação" [p.01] Lamenta que só em Uruguayana e em Santana do Livramento é que exigem Salvo-Conduto para a venda de passagens. Informa que Alegreste é o centro de reunião e partida desses estrangeiros.

Afirma que para uma melhor fiscalização a exigência do Salvo-Conduto deve ser obrigatória em todas as estações próximas e fronteiras. Pede que investigadores policiais permaneçam nos trens que partem da fronteira e a propósito destes afirma que soube do Delegado de Polícia de Uruguayana que são pouco escrupulosos e aceitam gratificações para deixar continuar a viagem pessoas sem documentação.