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O Ultimo Poema de Stefan Zweig (Letztes Gedichte)

Registro RG-ARQ/1321
Classificação Outro
Tipologia Poema
Data 1941-11-01
Cidade Rio de Janeiro
Estado Rio de Janeiro
País Brasil
Páginas 1
Idioma Alemão

O poema original encontra-se no livro Morte no Paraíso de Alberto Dines, p.428 e 42, cartas SZ/Wittkowski - correspondência publicada no Correio da Manhã, 20/10/1941, acompanhada do poema).

Tradução poética de Manuel Bandeira.

O último poema de Stefan Zweig

Suaves as horas bailam sobre
O Cabelo branco e raro
A áurea taça a borra cobre;
Sorvida, eis o fundo, claro!
Pressentimento da morte
Não turva, é alívio profundo.
O gozo mais puro e forte
Da contemplação do Mundo.
Só o tem quem nada cobice,
Nem lamente o que já não teve,
Quem já ao partir na velhice
Sinta um partir mais de leve.
O olhar despede mais chama
No instante de despedida.
E é na renúncia que se ama
Mais intensamente a vida.

- A tradução encontra-se em: BANDEIRA, Manuel. Obra Completa. Rio de Janeiro: Aguillar, 1958, p.397.

- Informações fornecidas pela Profª Drª Kenia Maria de Almeida Pereira