Falsificação de vistos

Mario E. de Brisson, Cônsul do Brasil em Paris, informa Oswaldo Aranha, Ministro de Estado das Relações Exteriores sobre casos de irregularidades na concessão de passaportes. Comunica que Luiz Martins de Souza Dantas, Embaixador do Brasil em Paris já tinha repassado toda documentação referente aos passaportes falsificados apreendidos pela Polícia brasileira. [p.1] 2. Brisson reitera que "já com anterioridade este Consulado Geral tinha apreendido dois passaportes tchecoslovacos, portadores de vistos absolutamente identicos a êsses". [p.1] 3. Com a posse dos documentos em mâos, o Cônsul do Brasil em Paris os remeteu para o Chefe da Polícia Judiciária de Paris que submeteu os portadores a interrogatório. [p.1] 4. Resultante do inquérito apurou-se que esses "vistos foram obtidos em Amsterdam e vendidos à razâo de 225 dolares pelo 'Bureau de Voyages' de Léon Arouson & Co." [p.1] 5. Dois inspetores da Polícia holandesa estiveram em Paris para investigar o caso, mas até o momento nada foi de novo foi constadado. [p.2] 6. O Cônsul brasileiro chama a atenção pelo fato de "trata-se de uma falsificação muito grosseira (redigida numa mistura de português, espanhol, francês e italiano)..." [p.2] 7. A "Compagnie des Chargeurs Réunis" é isentada de alguma ingerência na falsificação desta documentação. [p.2] 8. Brisson comunica a Oswaldo Aranha que qualquer novidade relevante sobre o caso irá comunicá-lo imediatamente. [p.2]

- Carimbo: Secretaria de Estado das Relações Exteriores. Divisão de Comunicações e Arquivo. 17/07/1939 n° 12735.