Congresso dos alemães residentes no estrangeiro
Registro | RG-ARQ/27 |
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Classificação | Reservado |
Tipologia | Oficio |
Data | 1937-08-18 |
Cidade | Berlim |
País | Alemanha |
Código | 341 |
No. Doc. | 640.16(81) |
Páginas | 2 |
Idioma | Português |
Instituição de origem
De: Moniz de Aragão
Cargo: Embaixador do Brasil em Berlim
Instituição: Embaixada do Brasil em Berlim
Instituição de destino
Para: Mário de Pimentel Brandão
Cargo: Ministro de Estado Interino das Relações Exteriores
Instituição: Ministério das Relações Exteriores
1. Moniz de Aragão informa ao Ministro Interino das Relações Exteriores, Mario de Pimentel Brandão, sobre as principais idéias defendidas pelo Dr. Frick, Ministro do Interior Alemão, por ocasião do vigésimo aniversário da fundação do Instituto dos alemães no estrangeiro. Sendo realizado em Stuttgart um congresso que trata principalmente da questão da "desgermanização" verificada nos alemães residentes fora do Reich.
2. O Instituro de Stuttgart foi elogiado por sua obra "que dá aos allemães do Reich a consciencia de uma perfeita comunhão cultural, racial e linguistica". [p.1]
3. "Durante os debates, o professor Kroh mencionou que os individuos, ou grupos de individuos, do mesmo povo vivendo no meio de estrangeiros ficam sempre super-excitados, devido a que não se considerem iguaes em meios que deveriam ser iguaes. Nessas condições, a desnacionalização se effectua sob multiplas formas e assim é necessário reforçar os factores proprios a conservar a nacionalidade allemã dos emigrados ou colonos allemães no estrangeiro". [p.2]
4. O Diplomata menciona também o jornal ultra-nacionalista Angriff que se destaca "pela sua violencia na campanha anti-semita". O jornal coloca os judeus como os principais agentes pela desnacionalização dos alemães no exterior, "porque elles divulgam o principio da fusão das raças e das nacionalidades, principalmente pelo meio de casamentos mixtos". [p.2]
6. Na visão de Moniz de Aragão, esse é "um novo ponto de vista", pois até o exato momento, os judeus eram acusados pelos nacionais-socialistas de construírem "um corpo extranho, forte e unido, dentro da nação". [p.2]
- Carimbo: S. de E. das Relações Exteriores. Serviço de Comunicações. 14/09/1937. Nº 1115.