O problema judeu e a atitude da Grã-Bretanha

1. O Ofício nº 665 informa que continuam as conversações anglo-americanas sobre as perseguições alemãs aos judeus. Os dois governos desejam formular um plano para a solução do problema. A Grã-Bretanha havia proposto aos Estados Unidos uma ação conjunta para facilitar a emigração dos judeus alemães. Aparentemente o primeiro daria ajuda financeira e regiões da Guiana britânica para os emigrados. O documento afirma que esperavam dos Estados Unidos a cooperação financeira e imediata, e que provavelmente seria convocada uma reunião do Comitê Intergovernamental dos Refugiados em Londres. [p.1]

2. As conversas anglo-americanas foram iniciadas pelo Embaixador americano, Joseph Kennedy [p.1], e este submeteu um plano ao Primeiro Ministro, que também já havia formulado o seu. Nas reuniões seguintes, tomaram parte o Visconde de Halifax, Secretário de Estado das Relações Exteriores, e Mac Donald, Ministro dos Domínios e Colônias. [p.2]

3. "Os Estados Unidos provávelmente não poderão fazer contribuições territoriais para a solução do problema mas consta que a numerosa e rica população judia norte-americana já assumiu o compromisso de uma forte contribuição financeira destinada ao estabelecimento dos judeus refugiados nos territórios nos eventualmente escolhidos". [p.2]

4. O governo nazista ainda não deu resposta ao pedido feito há mais de quinze dias pelos países representados na Conferência de Evian de receber George Rublée, Diretor do Comitê Intergovernamental dos Refugiados, afim de estabelecer um projeto de emigração dos judeus alemães. [p.2]

- Carimbo: S. de E. das Relações Exteriores. Serviço de Comunicações. 08/12/1938. N° 16988.
- Carimbo: Saído. 09/12/1938.