Conferência de Imigração

Telegrama nº 71, recebido da Embaixada do Brasil na França que transmite a resposta do Ministro Helio Lobo. [p.1]

"A exposição dos Govêrnos revelou suas tendencias, na primeira reunião". "(...) acolheu a minoria dos expatriados, israelitas ou não. Expus a legislação restritiva brasileira, de acôrdo com minha carta aérea, com pequenas modificações. Foram criadas duas comissões: a primeira para ouvir a Delegação de israelitas e católicos; a segunda para examinar, objetivamente, os problemas. O Brasil fez parte da segunda". [p.1]

"Na reunião da segunda comissão, declarei que o Brasil considerou Evian como um exame prelimilar, não tendo exposição confidencial a apresentar". [p.1]

A organização para a realização da segunda comissão é composta de judeus, católicos, operários e intelectuais cristãos. Considera também importante avaliar a situação da "imigração de refugiados católicos, dez mil dos quais já estão na miseria, fóra da Alemanha e da Austria" [p.2]

Informa que a primeira Comissão resolveu "só conhecer a exposição dos refugiados destes dois países (...) deixando de lado milhares de outros, da Polônia, Rumânia e da Italia". [p.2]

Relata os fatos ocorridos durante a terceira sessão da plenária, destaca a atuação dos demais países americanos que expuseram sua legislação sobre a questão.

"A Conferência abriu exceção para a atitude silenciosa que vem tendo, quando o representante da Colombia, depois de negar o direito a qualquer nação de expulsar em massa seus nacionais e lembrar as tradições do nosso continente, alegou, com hilaridade geral, que a solução deve começar pela Inglaterra, França e Holanda, nações americanas por suas colônias". [p.2]