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Carta de Reclamação da Cia. Ybarra [Anexo 1]

Registro RG-ARQ/633
Classificação Ostensivo
Tipologia Carta
Data 1941-10-27
Cidade Madrid
Estado Comunidade de Madrid
País Espanha
Páginas 2
Idioma Espanhol

Instituição de origem

De:
Cargo:
Instituição: Ybarra y Cia. S. en C.

Instituição de destino

Para:
Cargo: Embaixador do Brasil em Madrid
Instituição: Embaixada do Brasil em Madrid

1. Os autores da carta, em nome da Companhia Ybarra Y Cia. S. en C., avisam que estavam aceitando pessoas com vistos que procediam, principalmente, da Embaixada dos Estados Unidos do Brasil em Vichy, sem a data do prazo de validade. [p.1]

Dizem que a Embaixada de Madrid e o Cônsul Brasileiro em Marselha se manifestaram e ordenaram, segundo uma circular, que nenhum visto seria aceito com mais de 90 dias de prazo de validade. Apresentam um caso que ocorreu, em uma viagem, na embarcação "Cabo de Buena Esperanza", de Cádiz. [p.1]

Quarenta passageiros, com vistos do Consulado de Casablanca não puderem desembarcar no Rio de Janeiro, ocorrendo o mesmo em Santos. Criou-se para a Companhia um enorme transtorno, 38 destes passageiros, depois de trabalhosas diligências, puderam desembarcar em diferentes portos do Plata. Mas os passageiros Ana Meider e Joseph Vande Brocch não conseguiram. Tentaram desembarcar no Rio de Janeiro, na volta do navio, mas novamente não puderam, permanecendo, assim, a bordo. [p. 1]

Mostram outro caso, que aconteceu. [p. 1] Um passageiro teria apresentado uma carta assinada pelo Embaixador do Brasil em Vichy para o Consignatário de Ybarra em Marselha. Este passageiro teria afirmado que apesar de extinto o visto, não poderia deixar de lhe dar a passagem, pois era irmão do Ministro da Grécia no Rio de Janeiro, pessoa estimada e com boas relações na cidade brasileira. Não teria dificuldade para seu desembarque. [p. 2]

2. O Cosignatário facilitou a passagem para o homem com a assinatura do embaixador brasileiro. É colocada uma pergunta de como poderia rejeitar, um agente da Companhia, vistos extendidos por uma autoridade consular. [p. 2]

Finaliza a carta criticando os diferentes critérios adotados, que fazem com que os prejuízos sejam assumidos pela Companhia Ybarra, o que não poderia ser atribuído. Assim, pedem que a embaixada a que se destina a carta solicitem do governo "instruções exatas" sobre a forma de obter vistos e o tempo de validade destes, com a finalidade de que os casos não se repitam. [p. 2]

- Anexo ao ofício nº 216, de 14 de novembro de 1941.
- Assinaturas ilegíveis.