O fluxo israelita em direcao ao Brasil

1. O remetente do ofício responde que recebeu os ofícios nº 90 de 30 de setembro e o nº 103 de 8 de novembro do ano de 1936 e envia, em anexo, algumas fotografias que dão idéia do "que sejam os guetos judaicos nesta capital [Varsóvia], e dos hábitos, estilos, indumentárias e higiene dos hebreus ortodoxos na Polônia". [p. 1]

2. O autor do documento diz que as fotografias representam as dificuldades dos judeus, principalmente a questão da higiene é aqui criticada:

"Essa Legação que, in loco, é testemunha das dificuldades de ordem racial, social, econômica e higiênica que para a Polônia representa elemento israelita, voluntariamente confinado em bairros e localidade, ousa insistir junto ao Ministério das Relações Exteriores, por meios concretos ao seu alcance, na adoçãode providências que façam cessar o fluxo hebraico desencadeado sobre o Brasil, enxertado capciosamente na corrente migratória que lhe dirige a Polônia.

A documentação fotográfica, quando não bastasse a interdição do navio Pulanski [p. 1], que recentemente foi posto em quarentena pelas autoridade sanitárias brasileiras, em nossos portos". [p.2]

3. Finaliza a carta dizendo que é necessário fazer algo, senão ocorrerá "um sério problema para o Brasil de amanhã e estimular o preparo de graves questões sociais futuras, entre quais assoma como mais evidente e promissora o comunismo, que o governo tão firmemente envida por debelar em nosso país enormes sacrifícios". [p. 2]

- Carimbo: S. de E. das Relações Exteriores. Serviço de Comunicações. 21/05/1937 nº 65799.
- Assinatura ilegível.