Entrada de judeus na Inglaterra [Anexo]
Registro | RG-ARQ/955 |
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Classificação | Ostensivo |
Tipologia | Carta |
Data | 1939-06-02 |
Cidade | City of Westminster |
Estado | Inglaterra |
País | Reino Unido |
Páginas | 2 |
Idioma | Português |
Instituição de origem
De: Josiah Wedgwood
Cargo: Representante socialista na Câmara dos Comuns
Instituição: Câmara dos Comuns [Inglaterra]
Instituição de destino
Para: Samuel Hoare
Cargo: Secretário do Interior
Instituição: Ministério do Interior [Inglaterra]
O autor da carta critica a participação "insignificante" da Inglaterra no socorro aos judeus da Alemanha. Diz que a regulamentação de entrada desses indivíduos está mais rígida no ano de 1939, sobretudo no que diz respeito aos judeus mais pobres.
"Homens pobres não podem absolutamente entrar, embora mais do que ninguém necessitem ser salvos, e existam asilos doados, prontos e vazios à sua espera". [p.1]
"Os trabalhadores manuais são os que mais sofrem e não têm esperança de entrar aqui presentemente. Eles são escravos de Hitler". [p.2]
Já os que conseguem entrar na Inglaterra, afirma, são proibidos de trabalhar e devem ficar sob a tutela de particulares ou de instituições judaicas assistenciais.
"A Ingaterra teria um papel mais honroso:
1) não insistindo na reemigração de crianças e aprendizes;
2) permitindo aos judeus trabalhar como qualquer outra pessoa;
3) aliviando a comunidade judaica do encargo de sua manutenção e restringindo as suas exigências de garantias;
4) empregando o julgamento de Lord Mansfield e a lei do 'Escravo fugitivo' aos judeus que escaparem da Alemanha". [p.2]
- Anexo ao ofício nº 134, de 02 de Junho de 1939.
- Tradução.