A graça de um Século Sério.
Registro | RG-ICO/22 |
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Suporte | Papel |
Técnica | Outro |
Tipologia | Litografia |
Author name | Gerda Brentani |
Data | 2010-11-28 |
Cidade | São Paulo |
Estado | São Paulo |
País | Brasil |
Natureza do objeto | Réplica |
A exposição "Gerda Brentani - A Graça de um Século Sério", apresentada pela Caixa Cultural em São Paulo, de 23 de outubro a 28 de novembro de 2010, retrata parte da vida e obra da artista italiana radicada no Brasil. A mostra é um panorama do século XX, no Brasil e na Europa, um tempo marcado por imigrações, guerras e inovação. "A graça de um século sério" é uma história do trágico século XX figurada pelo olhar enviesado e pelo talento incomum de uma artista, que o viveu quase inteiramente. A história vista por Gerda Brentani é o campo de um olhar estranhamente próximo e distante dos acontecimentos (trágicos ou não) do Brasil, da Europa, de São Paulo, da arte culta, da arte de massas e da arte para crianças. Um século sério que teve a graça de Gerda. Uma artista da "alta" e da "baixa" cultura; da cidade e do salão, do desenho, da tela e da gravura, das imagens com textos e dos textos com imagens. Sem nenhuma afetação intelectualista, Gerda pensava a sério com humor, e tudo ao mesmo tempo. Em 2010, completa-se 11 anos de sua morte. A mostra traz obras desenvolvidas ao longo de 93 anos de vida, quase um século. A exposição é uma maneira lúdica de tratar de assuntos sérios e densos, pois sua obra permite mostrar, com graça, um século sério. E a partir daí mostrar que nossa relação com o mundo se dá em duas mãos: o mundo nos faz e nós fazemos o mundo.
Nascida em Trieste, no norte da Itália, em 1906, formada no centro da alta cultura do Império Austro-húngaro (ao qual a região pertencia à época), Gerda chegou ao Brasil em 1939, passando rapidamente a conviver, por exemplo, com Alfredo Volpi, Ernesto de Fiori, Sérgio Milliet, Arnaldo Pedroso D’Horta, Marcelo Grassmann e Paulo Vanzolini. Após o fim da ditadura Vargas, o Brasil buscava consolidar a democracia e os estrangeiros, tanto os trabalhadores (dentre os quais os artistas), quanto a elite dirigente, procuravam participar desse novo momento.
Gerda se juntou aos imigrantes recém chegados, como Pietro Maria Bardi (que dirigiu o MASP), Ciccilo Matarazzo (um dos fundadores da Companhia de Cinema Vera Cruz, do Museu de Arte Moderna de São Paulo e da Bienal) e os pintores do Grupo Santa Helena. Iniciava, assim, sua participação na vida cultural da cidade, dirigindo por muito tempo o famoso Clubinho dos Artistas Modernos e tomando parte de todas essas novas iniciativas.
Para consulta: www.gerdabrentani.com.br