Pogrom
Registro | RG-ICO/29 |
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Suporte | Tela |
Técnica | Óleo com areia |
Tipologia | Pintura |
Author name | Lasar Segall |
Data | 1937-01-01 |
Cidade | São Paulo |
Estado | São Paulo |
País | Brasil |
Natureza do objeto | Réplica |
Cortesia de | Museu Lasar Segall |
"Nas pinturas da fase francesa, Segall trazia a cena pintada para a superfície do quadro, nas pinturas engajadas os temas obrigaram-no a mudar de estratégia. Se antes enfatizava a bidimensionalidade concreta para valorizar o ato de pintar, agora a tela voltava a atuar como espaço cenográfico de ação dos personagens, e não para a ação direta do Artista. Em Pogrom evidencia-se a concomitância dessas duas atitudes: Segall a concebe consciente de seu caráter bidimensional e, ao mesmo tempo, caracteriza os elementos da cena, o que se opõe a atitude anterior. Envolver as figuras em um todo ovoide reforça a composição, enfatizando seu centro. Para aliviar esse ilusionismo, Segall usa a perspectiva não euclidiana que, no entanto, não atenua a sensação de espaço tridimensional (salientado também pelo modulado 'escultórico' das figuras). E essa oscilação entre dois modos de produção pictórica que interessa em Pogrom. Tao importante quanto ser um documento do compromisso de Segall frente a morte de inocentes, e o registro da tentativa de um artista levado a encontrar outras possibilidades técnico-formais para que sua produção se adapte aos novos tempos, sem deixar-se perder pelo meramente retóricos." (CHIARELLI, 2008)
Referência bibliográfica: CARNEIRO, Maria Luiza Tucci; LAFER, Celso, Judeus e Judaísmo na Obra de Lasar Segall, São Paulo: Ateliê Editorial, 2004. CARNEIRO, Maria Luiza Tucci, STRAUSS, Dieter. Brasil, um refugio nos trópicos - Brasilien, Fluchtpunkt in den Tropen. Sao Paulo: Estação Liberdade, 1996. CHIARELLI, Tadeu. SEGALL realista. São Paulo: Museu Lasar Segall - IPHAN/MinC, 2008.
Referência bibliográfica: CARNEIRO, Maria Luiza Tucci; LAFER, Celso, Judeus e Judaísmo na Obra de Lasar Segall, São Paulo: Ateliê Editorial, 2004. CARNEIRO, Maria Luiza Tucci, STRAUSS, Dieter. Brasil, um refugio nos trópicos - Brasilien, Fluchtpunkt in den Tropen. Sao Paulo: Estação Liberdade, 1996. CHIARELLI, Tadeu. SEGALL realista. São Paulo: Museu Lasar Segall - IPHAN/MinC, 2008.
Lasar Segall: renomado artista plástico judeu e um dos principais nomes do modernismo brasileiro, nasceu em 21 de julho de 1889, na cidade de Vilna (capital da atual República da Lituânia). Com influências do expressionismo e impressionismo, Segall abrange diversas temáticas em suas obras e teve a migração como foco principal em muitas delas. Por ser judeu e discriminado como tal na Alemanha onde estudou, a perseguição, a discriminação e a violência fizeram parte de toda a sua infância, vivida sob o regime czarista vigente no Império Russo. Engajado politicamente e com responsabilidade social, retratou as imigrações, os pogroms e o Holocausto, em muitas de suas obras[3]. Grupo de emigrantes no Tombadilho (1928), Emigrantes (1929), Primeira Classe (1929) e Navio de Emigrantes (1939-1941) são exemplos de representações dessa temática. Em Navio de Emigrantes, obra produzida no contexto da Segunda Guerra Mundial (1939-1941), o artista retratou a intensa experiência da migração, enquanto um artista migrante auto-exilado no Brasil, com o intuito de expressar seus sentimentos de protestos e angústia diante do destino forçado de milhares de judeus refugiados e aqueles que foram assassinados em campos de concentração. Segall faleceu em São Paulo (SP), Brasil, em 02 de agosto de 1957. Toda a sua obra pode ser visitada no Museu Lasar Segall, com sede na Rua Berta, n. 111, Vila Mariana, em São Paulo.
Bibliografia:
CARNEIRO, Maria Luiza Tucci; LAFER, Celso. Judeus e Judaismo na Obra de Lasar Segall. São Paulo: Ateliê Editorial, 2004; CARNEIRO, Maria Luiza Tucci, “Lasar Segall: Artista-símbolo dos judeus na diáspora”, In: revista Morashá, 2021. Disponível em: http://www.morasha.com.br/arte-e-cultura/lasar-segall-artista-simbolo-dos-judeus-na-diaspora.html. Acesso em: 02 ago 2022.